40 anos do homem na Lua.

Há 40 anos atrás o homem dava um pequeno passo e a humanidade dava um grande salto. A célebre frase foi pronunciada pelo astronauta Neil Armstrong no dia 20 de julho de 1969, em solo lunar, em expedição da NASA, a agência espacial norte-americana.
Este grande feito da humanidade foi revestido de alguns símbolos até hoje não esclarecidos na História. O contexto em que se vivia o mundo em 1969 era da guerra-fria entre Estados Unidos, defendendo o capitalismo, e a União Soviética, defendendo o socialismo. Muito antes, em 1961, os soviéticos enviaram ao espaço a primeira expedição tripulada com humanos. Na nave Vostok, Iúri Gagárin pronunciou a também célebre frase: “a terra é azul”.
Quem conseguisse navegar no espaço sideral e conquistar terras nunca antes exploradas conseguiria vender, ao mundo, o pacote ideológico dos ismos vigentes. Chegar a Lua não era apenas um feito científico mas, como diria meu amigo e conspirador Maquiavel, era uma necessidade política, estratégica e ideológica. Na foi a toa que milhões de pessoas, em todo o mundo, assistiram aos 15 (quinze) minutos de exibição dos americanos fincando sua bandeira em terreno lunar.

Ainda assim, a busca pela conquista do espaço é algo que intriga todos os seres humanos, independentemente da bandeira a ser fincada em solo alienígena. Esta solidão terráquea, que nos deixam afastados de tudo no universo e seu infinito, impulsa o conhecimento humano a desvendar as fronteiras do cosmos e aproximar daquilo que é a origem de todas as coisas: Deus. Mas, a sensação que eu tenho é a pequenez do universo diante do Criador e a nossa diante de tudo. Imaginar que somos um grão de areia diante da imensidão imensurável do universo é tentar compreender a razão de estarmos presos aqui nesta ilha denominada planeta Terra. Se Deus é infinito e eu, como ser humano, limitado a minha existência, me diluo em sua infinitude e já não sou eu mais, mas Ele.
Enfim, minha razão já se esvaece e não entende mais a linguagem própria para definir alguns conceitos necessários para a compreensão de Deus e o Universo. Mas, clamo a ti, Senhor, que me dê sabedoria para entender o quanto pequeno sou e, talvez na minha pequenez, consiga compreender o mistério que é Ti, e, assim, sair da minha ignorância e entrar na iluminação do Teu conhecimento e entender o que vem a ser tudo isso aqui.
Neste dia não assistirei mais aos 40 (quarenta) anos do ser humano no espaço.

Fiquem em paz.

Por Edmond Dantes.