quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Exercício teológico número 01.

Hoje, preciosos leitores, vou começar uma série de textos abordando um tema muito caro para a humanidade: Deus.
Falar sobre Deus é, primeiramente, saber sobre nós mesmos. O quanto sabemos Dele é a justa medida que sabemos de nós. Vivemos então na ignorância e desconhecemos este fato.
Saber exatamente como funciona o corpo humano é como saber como funciona um computador. Se entrou vírus, formata ou toma medicamento, vacina. Mas entender o porque do vírus e da vacina, e como isso consegue minar as forças, é um mistério.
Entender que todos os animais não possuem razão porque nós não entendemos a sua linguagem é atribuir a nossa ignorância para outro. Qual o sentido de existirem animais que não pensam e somente uma espécie pensante?
Definir as fronteiras de um país por marcos geográficos, como um rio, oceano e um relevo, é uma ficção que levamos a frente por necessidade. Entender os limites do universo, se é que há um, nem por ficção.
Olhar para o cosmos e ver apenas um planeta com vida é imaginar, ao menos, duas situações: estamos sozinhos no vazio, ao lado de um cemitério de planetas ou, existe vida em algum lugar onde não sabemos precisar.
E, por fim, deitar lágrimas quando alguém que amamos se vá e ir aos cultos religiosos acreditando na vida pós-morte, é algo radicalmente incongruente, sem razão, uma vez não sabermos o que ocorre depois da morte e, tampouco, não confiamos, seriamente, naquilo que nos é passado pelas igrejas. A tristeza é maior que nossa crença.
O homem deveria ter por missão buscar de forma perene por sua eternidade. A questão é que somos submetidos a uma fantasiosa brincadeira que se chama dia-a-dia: estudar, trabalhar, ter família, envelhecer e morrer. Nosso destino funciona curiosamente assim. Não nos embevecemos com nossa própria existência. Acordar e ver o segredo a nossa frente e não entender é como não saber comer quando se está diante do alimento. Qual o propósito?
Leitores, entendo que há mais segredo entre o céu e a terra do que imagina nossa consciência. Um tema que sempre me intrigou é a onisciência de Deus. As verdades teologais sempre afirmam que Deus está em todo lugar. Bom. Se Ele está em todo lugar, porque não comunicamos com Ele? Ou melhor, porque não o vemos?
A nossa ignorância é a justa medida do mistério que nos cerca. Entendam isso que estou falando. Pensem. Porque Aquilo que deu origem a tudo isso sequer foi se embora após a sua jornada. Pensem bem. O que em nós falta para ver?
Pensem.


Tome este café, pois esta conversa vai continuar.
Por Edmond Dantes.

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